quinta-feira, 16 de abril de 2015

daqui sinto visitar minha ferida como um animal amainado e só. Vejo todos bem ajeitados, com suas malas e roupas justapostas e bem ajustadas ao corpo, sem nenhum erro aparente. Descem da condução e vão para o mesmo bairro que o meu, mas habitantes de uma outra casa, de um outro barro. Sinto amor e transito por todas estas formas, sem galgar nenhuma. E todos descem e seguem. E eu, vendo tudo de trás, pagando ou não pagando, sou o único ao descer que agradece em voz alta.

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