Os cadernos do sempre são relidos. Alguém chamando pelo nome
na porta e, quando se vai ver quem é, ninguém está lá.
O cheiro de um corpo, o sol raspando na grama vindo de entre
as árvores e tudo passando para o estado de morro sempre antes das coisas
serem. Todos os entes translúcidos numa avalanche do encontro. Aquilo que te
chama para brincar, tocando cada rosto. Na zona mercúrio, uma mão adentra a
casa que, entrevista em miniatura, sonda o terreno mais teia na noite. A hospitalidade
se deu numa cozinha esbranquiçada de quente, tudo a inflar coberto por um pano
ralo. Nisso a impossibilidade de enlouquecer. Rosto sem ser antecipado, fruindo
sem eternidade e sem situação. Se a realidade dança, ali se dançava junto. Das
mil e oitocentas vozes desse rio, a metamorfose primordial e essencial
desfrutava de todas, respirando e suando como a terra faz a olho nu. E no agora
permanece a fenda mais aberta entre todas as conclusões.
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