quinta-feira, 30 de outubro de 2014

um homem é rico em proporção do número de coisas que é capaz de deixar tranquilas.
Bachelard




cada flor que cai no chão me diz sim
eu consegui ser uma  árvore grande
foi e é nessa vingança que eu me fiz
agora pode seguir com essa lição de gravidade

e conte em suas crianças


alimento as crianças
as amoras foram arrancadas não por uma sublimação
o mesmo se deram com as máscaras
subida justa que se reconhece se amiga e se enamora duma mulher interior
- sinto migrar as energias -
grande chacra que anda e reveza o lugar
como fazem as perguntas

em cada estada uma chama
cheiro de casa antiga
janela aberta em si

esquecer-se é um dos nomes de deus

quinta-feira, 23 de outubro de 2014



gingado nos quadris
por isso a janela aberta
tudo absolvido
aderência sem medida
o corpo e a peça
forço um passar do tempo

não ser é mais duro
é como descansar
dia lindo e grande e nele a percepção de todas as sincronicidades imagéticas - sentimentos que estremeceram meu corpo
todo o embate com a realidade do entorno faz transpor outros níveis - aberturas respiratórias desenham um pouco de dentro - escava balsa e chama que se retrai e se expande com cor
cachorros uivando e por mais que o corpo tente
ele escapa
permaneço na substância - a escrita aqui celebra um contato rente - sempre um deixar-se
sei que os cães lá fora exercem a sua cidadania
isso é tão real que a escrita tenta bancar
e escapa

toda vez que temer não guiar meu corpo
escreverei tomando posse da mão - dínamo
todas as minhas ações são fecundas pelo vento


minha própria vida - possibilidade do resgate
um cachorro brinca lá em baixo
já respiro num devaneio

os bairros são uma mesa de vidro
só vida em meu corpo
aceito a coragem da imagem mais escabrosa

nomes de deus

eliminando o stress dna da lama estado de sonhos cura total controlando pensamentos criando milagres luz recuperada túnel do tempo saindo da depressão visão de longo alcance mãos livres paraíso na terra amor incondicional lugares purificados proteção faca influências angelicais confiança chama compartilhada fertilidade água sem ego memórias abismo inferno termino o que começo ponte almas gêmeas sócia silenciosa ordem caótica vaga falo o que penso palavras boas diamante bruto circuito criado grande vista coragem energia sexual me esqueço lado negro revelado unidade dignidade abismo absoluto recepo movença sersendo há prosperidade poder julgamentos adoçados mente sobre a matéria auto estima paixão desculpa o suficiente não é suficiente o melhor revelado apreciação pai não mestre e nem pregador líquidos liberdade cordão umbilical em frente alma escuta purificação universos paralelos encontrando a solução do problema no problema caminho achado contato com almas que já partiram grandes expectativas poli versos responsabilidade respeito a terra
percorri o caminho do sempre
o sol se espremia entre os prédios
jamais me apego as imagens

eles sentados ali na beira do rio rotos e ratos de tudo comendo os restos na tigela me afaga a alma e tudo cintila e se torna amável cessando todas as contradições e posso voltar a dizer novamente num tempo antigo e que só há

que as arvores ainda servem aos homens





quinta-feira, 16 de outubro de 2014

ao menor sinal de troca ele recuou e quase uma honestidade foi evidenciada
 a resistência burlou esta lei e é sabido que alguma coisa ali naquele gesso que fazia ele digitar e olhar no relógio e chamar o próximo número sabia que com certeza ele chega em casa com as cestas cheias de frutas e conta a lenda do chinesinho que mergulhou em busca da princesinha do mar e um sorriso é esboçado naquele rosto e diversas relações com outros planos co-existem e implicações e cumplicidades num frente a frente se dão na sua biologia

e por ele é sabido

Fundação de um novo estado




Festival Burrus


objetos de emergência:

 há fotos, objetos, imagens, coisas e pessoas extremamente simples a que dou extrema importância.Eles introduzem um outro tônus na realidade. Com eles tudo ganha novas tonalidades, sintila, tudo fica amável, diferente e nesse revigoramento a conversa flui, a escrita flui, uma pessoa que entra é acolhida de maneira diferente, nada é mais reativo, tudo sai fora do normal, se enche de uma água vital e inúmeras possibilidades vem me visitar. A partir daí, passo ver a vida por um diamante, enxergo tudo clivado, a própria percepção do real muda, estabelece-se implicações e relações mutuas. Eles me fazem, as vezes por serem tão abjetos, acessar o tempo em que um tempo novo se cria, em que uma maneira diferente de viver surge - possibilidade da vestimenta. com eles logo acesso e aceito minha maneira de viver, mas não a minha, sim aquela que me é própria. É quando topo com esses catalizadores de toda espécie, que sinto num núcleo acessível o campo do possível e nisso a vida se torna rente, o espirito e o corpo são a mesma substância, cessando por hora as dicotomias - momento onde tudo é aparentado, incestuoso.  









Mostra NoLombo do Burro
festival de poéticas que marca e registra um pouco da trajetória do Sarau do Burro 
Galeria A7MA - fotos: Tche Ruggi e Daniel Minchonni



Registro do ato bate papo que mediei entre o arquétipo Writer e a samambaia verificando a pergunta Oque temos de planta




quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Organismo radicante:


Divisa



                                         


                                          

Divisa