jabur: força de deus
Campos: dos campos
Pastore: de pastor mesmo
e a lacuna que visito através da água de meu corpo
agradecendo a família verdadeira de minha mãe
Honro as demandas do futuro sem abandonar as do passado
amor e carinho em todos os atos dessa presença
visitei um vizinho que me deu pistas para acessar esse quadrilátero:
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a Olhar.
Toda a paz da natureza sem gente
Vem sentar-se ao meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
e as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Como u ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
è a minha maneira de estar sozinho
terça-feira, 30 de setembro de 2014
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
#
Ele no meio da fala apontou os jovens na outra margem do rio e quando cerrei os olhos vi um pega pega acontecendo e isso me acalentou e na notícia da seca avistei a transição: consegui comemorar o aniversário do rio
daqui em diante vou escrever de vermelho a palavra CHOVE nas ruas das cidades - sempre mantramas que vão no avesso da fala vigente
pés d`agua bem perto e impressões de vida arraigadas ao organismo da cidade - pensamento eclusa:
deve existir cápsulas onde as células embarcam e desembarcam e se apertam num vagão para devenires constantes
é linda a visão da subida de um leito do rio para o outro
Ele estava ali prostrado vestido de preto tal como um abutre pastoreando o ser na observação das células que passavam por dentro da artéria citadina
A estada por segurança era só uma fachada - irá chover hoje: no fluxo da Sé se dizia o acontecimento de alguma coisa lá fora - não sabemos o que está fazendo alguma coisa que não sabemos o que é
dormi colado na substância avistando ela antes de pegar no sono e digo que dormi e só dormi
dois relógios despertaram e entre um e outro acessei um estado de vigília onde tecia uma fala indescritível boa e grande
a arruda na orelha da sinais de uma outra economia: um dia toco
Aqui adentro a ventura escrevente de uma reconciliação que em sua torrente conspira e abafa os ruídos das toupeiras que cavam o terreno afim de um desmoronamento - de dentro da terra é impossível ter a visão do escombro: "nunca ficam para ver" traduz um pouco da palavra intelectual especializado que tem a voz e dita a verdade de uma distância oceânica
Ele passa manteiga no pão
farei objetos transicionais para esse processo de mudança - era da maturação: manutenção do mesmo e novidades mesmas para uma insondável época de mãos na terra - filosofia do homem simples e a demissão da cabeça pela admissão da cabaça:
Ana Maria desiste das notícias sensacionalistas e volta a dar apenas receitas caseiras
- o cogito global e o logos globalizante não valem para o pólen caminhar a semente -
visgo aqui a intempérie de um senhor apontando o dedo para Adão e Eva depois de serem expulsos do jardim e serem condenados a errarem sem pátria para todo sempre somente para dizer que nós fazemos vasos de barro e isso é a prova de que não estamos largados aí no mundo: errar aqui é um convite a cocriação: não uma forma de interpretar o mundo mas sim um martelo para forjá-lo
novamente não se trata de peixe grande e sim de pegá-lo com a mão
jogado pra fora do estrabismo existencial que só fita a clareira da perplexidade não posso negar a mão que balança o berço - todos os abutres e todas as serpentes eram fêmeas fecundas pelo vento
por isso bonecos de panos para um desenho de interior
cheguei antes das portas se abrirem e tive que costurar uma esperança na decifração das ferrugens disso que era metálico duro e talvez por isso tenha contraído uma animação similar à origem da palavra tétano em espasmos dolorosos para fugir de uma rigidez muscular que me levou à distúrbios neurológicos me fazendo cumprimentar e dizer boas palavras toda vez que via meu reflexo no espelho até aceitar este corpo como um barro que anda - todo barro que anda é santo
foi na diferença de minha vírgula na terra que aprendi a aceitar e amar que me fizeram acolher o céu nublado com tamanha facilidade: vamos dançar a gratidão de cada gota
por isso toda vez que perguntam como estou digo que chove
daqui em diante vou escrever de vermelho a palavra CHOVE nas ruas das cidades - sempre mantramas que vão no avesso da fala vigente
pés d`agua bem perto e impressões de vida arraigadas ao organismo da cidade - pensamento eclusa:
deve existir cápsulas onde as células embarcam e desembarcam e se apertam num vagão para devenires constantes
é linda a visão da subida de um leito do rio para o outro
Ele estava ali prostrado vestido de preto tal como um abutre pastoreando o ser na observação das células que passavam por dentro da artéria citadina
A estada por segurança era só uma fachada - irá chover hoje: no fluxo da Sé se dizia o acontecimento de alguma coisa lá fora - não sabemos o que está fazendo alguma coisa que não sabemos o que é
dormi colado na substância avistando ela antes de pegar no sono e digo que dormi e só dormi
dois relógios despertaram e entre um e outro acessei um estado de vigília onde tecia uma fala indescritível boa e grande
a arruda na orelha da sinais de uma outra economia: um dia toco
Aqui adentro a ventura escrevente de uma reconciliação que em sua torrente conspira e abafa os ruídos das toupeiras que cavam o terreno afim de um desmoronamento - de dentro da terra é impossível ter a visão do escombro: "nunca ficam para ver" traduz um pouco da palavra intelectual especializado que tem a voz e dita a verdade de uma distância oceânica
Ele passa manteiga no pão
farei objetos transicionais para esse processo de mudança - era da maturação: manutenção do mesmo e novidades mesmas para uma insondável época de mãos na terra - filosofia do homem simples e a demissão da cabeça pela admissão da cabaça:
Ana Maria desiste das notícias sensacionalistas e volta a dar apenas receitas caseiras
- o cogito global e o logos globalizante não valem para o pólen caminhar a semente -
visgo aqui a intempérie de um senhor apontando o dedo para Adão e Eva depois de serem expulsos do jardim e serem condenados a errarem sem pátria para todo sempre somente para dizer que nós fazemos vasos de barro e isso é a prova de que não estamos largados aí no mundo: errar aqui é um convite a cocriação: não uma forma de interpretar o mundo mas sim um martelo para forjá-lo
novamente não se trata de peixe grande e sim de pegá-lo com a mão
jogado pra fora do estrabismo existencial que só fita a clareira da perplexidade não posso negar a mão que balança o berço - todos os abutres e todas as serpentes eram fêmeas fecundas pelo vento
por isso bonecos de panos para um desenho de interior
cheguei antes das portas se abrirem e tive que costurar uma esperança na decifração das ferrugens disso que era metálico duro e talvez por isso tenha contraído uma animação similar à origem da palavra tétano em espasmos dolorosos para fugir de uma rigidez muscular que me levou à distúrbios neurológicos me fazendo cumprimentar e dizer boas palavras toda vez que via meu reflexo no espelho até aceitar este corpo como um barro que anda - todo barro que anda é santo
foi na diferença de minha vírgula na terra que aprendi a aceitar e amar que me fizeram acolher o céu nublado com tamanha facilidade: vamos dançar a gratidão de cada gota
por isso toda vez que perguntam como estou digo que chove
terça-feira, 23 de setembro de 2014
Ao contrário de minha avó que acha que o santo percebe se a
vela não é de sua parte, se chateando com isso, acendo a vela pela vela, e pelo
fogo que, num fluxo e influxo queima
quem esta perto demais e atrai quem está longe – desintegração e aquecimento. Acendo
a vela pela luz, para ascender a um revigoramento, para renovar o ambiente,
atrair outros planos e assim acessar esses estados. Acender aqui é ascender, é
Luz(s)trar a couraça,
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Ato de Cosmicidade: "o que temos de planta"
verificamos em loco o arquétipo planta - homem - homem planta: agonia em estado de ser - sal, mercúrio, enxofre e éter.
Exposição Estudo de Cosmicidade: o que temos de planta
Glaria A7MA e Espaço Serralheria, 12.set.2014
muito obrigado Julia Buscapele e a todos os envolvidos nesse processo!
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Poema
cruzada de pernas com mira
pixação em pedra sabão ou quartzo
por do sol nas grandes cidades
tsunami
coceira nas partes
porão e cumeeira no mesmo andar
porta de escola na hora da saída
boneco do posto
pixação em pedra sabão ou quartzo
por do sol nas grandes cidades
tsunami
coceira nas partes
porão e cumeeira no mesmo andar
porta de escola na hora da saída
boneco do posto
Reinversão
comer sem camiseta na mesa fixa e amiga a alma no corpo
faz muito bem comer com a mão
andar descalço no piso faz bem
chupar manga e beber leite depois é saudável
comer e tomar banho também
dormir com a cabeça sobre os braços da muita vida
entrar de pé direito ou esquerdo dá sorte
o importante é entrar
tomar gelado faz bem
comer terra também
lamber a colher e colocar no pote não estraga nada
azedo é gente chata
bicho papão não existe
cruzar gato preto da sorte
sair pra fora depois do banho faz bem
faz muito bem comer com a mão
andar descalço no piso faz bem
chupar manga e beber leite depois é saudável
comer e tomar banho também
dormir com a cabeça sobre os braços da muita vida
entrar de pé direito ou esquerdo dá sorte
o importante é entrar
tomar gelado faz bem
comer terra também
lamber a colher e colocar no pote não estraga nada
azedo é gente chata
bicho papão não existe
cruzar gato preto da sorte
sair pra fora depois do banho faz bem
isso não é uma cabeça de leão é apenas uma mancha na altura do meu ombro quando eu tinha uns seis anos e as nuvens se amarram para torcerem-se e lavar o chão do quintal ao fim da tarde numa cena purificadora e já consigo antever e agora vejo que isso é e sempre foi uma constância e tem sido cada vez mais e maior nas páginas abertas a fim de dar conta da exposição íntima dos corpos que se reintegram e se unem na constelação sem sentidos e estes são abraços dados a cada movimento que é feito em direções possíveis e uma outra temperatura se faz nisso
estamos de mudança e algo se tece e apesar da tontura e do susto entro
estamos de mudança e algo se tece e apesar da tontura e do susto entro
habito a casa como nunca antes - uma clareza acessada e tocada nas cordas de um abandono: passei o dia colado e pulei fora de tudo que busca um lugar e um espaço me encolhendo amigado a tudo que é insignificante e minhas costas no chão seguiram a linha do horizonte e não há nada que me pegue e nada que eu me apegue e nem verdade que exista:
acordo nas coisas que concebi antes de fechar os olhos
acordo nas coisas que concebi antes de fechar os olhos
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
lógicas da casa
comunidade:
a água corrompe o fogo
colmeia de abelha
casa de marimbondo
divisão da rocha
aquilo que gruta na cumeeira
zona mercúrio - o infinito no entre
frente a frente
encontro e batucadas - pano esticado
permeáveis
improviso e noções de criatividade
palavras para uma arquitetura embasada na imaginação
coletar todos os motivos de um poeta louco
a água corrompe o fogo
colmeia de abelha
casa de marimbondo
divisão da rocha
aquilo que gruta na cumeeira
zona mercúrio - o infinito no entre
frente a frente
encontro e batucadas - pano esticado
permeáveis
improviso e noções de criatividade
palavras para uma arquitetura embasada na imaginação
coletar todos os motivos de um poeta louco
Correio
a caixa ia para maria aparecida das unhas e eu para terra preta
só queria comprar selos postais para continuar enviando cartas aos devaneios de infância
não tinha nada com aquilo
a gagueira que envergou a visão e fez ver errado
isso me salvou várias vezes
essa errância ocular enxerga tudo de um modo extra terrestre
sem pretensão ela conspira e eu só cumpro
Anel viário
os brilhos das fitas penduradas e as sombras delas
talvez nem exista mais isso que vi
Giordano Bruno canta ao fundo os diagramas de uma celulose
mandala no peito dando conta disso que arrebata
Divisa
a maturação é um estado onde se é visto nela
e dela pode-se dar uma informação precisa:
disse ao motorista do caminhão de cimento
enquanto ele girava
como pegar o retorno
tirei todos os anos anteriores das costas
me recolhi com eles e me senti integrado
Mata fria
túnel: deste lado também terá montanhas
são braços que me tomam aéreo numa expressão digital
nuvens rajadas que migram para detrás da encosta sugerindo uma nova geografia
arquitetando este lugar onde tudo canta
Ladeira de terra
o dia em que fui minha terra natal e que a cidade foi meu corpo e meu corpo transcendeu toda cidade
o dia em que caminhei em meu corpo - este estado errante
o dia que anulei meu corpo nos corpos das cidades me anulando em todos os corpos da cidade e que nisso visitei minha terra natal: o dia que eu e meu corpo chagávamos antes e isso não foi terrível
Cantareira
no jogo não basta a briga
tem que ter um mamute de fundo imitando os momentos benfazejos de minha infância
é nesse contorno que habito os sussurros no pé do ouvido
isso constrói uma casa que num efluxo chama tudo pra dentro numa leveza granítica
o batente organiza a abertura
Refogado
a velhice nas feridas da pata de um cachorro que treme
e o céu pondo o sol dentro da beira da serra
camada ancestral no antes ainda
se eu pudesse eu te cantaria a fumaça que sobe do cigarro de palha
a caixa ia para maria aparecida das unhas e eu para terra preta
só queria comprar selos postais para continuar enviando cartas aos devaneios de infância
não tinha nada com aquilo
a gagueira que envergou a visão e fez ver errado
isso me salvou várias vezes
essa errância ocular enxerga tudo de um modo extra terrestre
sem pretensão ela conspira e eu só cumpro
Anel viário
os brilhos das fitas penduradas e as sombras delas
talvez nem exista mais isso que vi
Giordano Bruno canta ao fundo os diagramas de uma celulose
mandala no peito dando conta disso que arrebata
Divisa
a maturação é um estado onde se é visto nela
e dela pode-se dar uma informação precisa:
disse ao motorista do caminhão de cimento
enquanto ele girava
como pegar o retorno
tirei todos os anos anteriores das costas
me recolhi com eles e me senti integrado
Mata fria
túnel: deste lado também terá montanhas
são braços que me tomam aéreo numa expressão digital
nuvens rajadas que migram para detrás da encosta sugerindo uma nova geografia
arquitetando este lugar onde tudo canta
Ladeira de terra
o dia em que fui minha terra natal e que a cidade foi meu corpo e meu corpo transcendeu toda cidade
o dia em que caminhei em meu corpo - este estado errante
o dia que anulei meu corpo nos corpos das cidades me anulando em todos os corpos da cidade e que nisso visitei minha terra natal: o dia que eu e meu corpo chagávamos antes e isso não foi terrível
Cantareira
no jogo não basta a briga
tem que ter um mamute de fundo imitando os momentos benfazejos de minha infância
é nesse contorno que habito os sussurros no pé do ouvido
isso constrói uma casa que num efluxo chama tudo pra dentro numa leveza granítica
o batente organiza a abertura
Refogado
a velhice nas feridas da pata de um cachorro que treme
e o céu pondo o sol dentro da beira da serra
camada ancestral no antes ainda
se eu pudesse eu te cantaria a fumaça que sobe do cigarro de palha
Metodologia do frente a frente
quando olho as pessoas é como se todas estivessem com um livro aberto nas mãos
leio as duas primeiras linhas tentando ser discreto para não ser percebido
até nos dividirmos e eu continuar sozinho
leio as duas primeiras linhas tentando ser discreto para não ser percebido
até nos dividirmos e eu continuar sozinho
Assinar:
Postagens (Atom)