menino chorando deixado no ponto pela mãe no dia de chuva
todos gritando: leva ele leva ele
e nada
ela sobe no ônibus e vai, segue
conheço suas marcas no corpo e admiro
são terríveis e me colocam num eixo
a cada manhã alguma coisa de boa sorte fala comigo e me cumprimenta
trabalho para falar a língua delas
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Habitação
acesso o que habita esta casa e a mantém com fogo e água na simplicidade que une a palha a terra e a terra ao céu na
integração que se assume na aceitação que a faz permanecer
adentro esta casa Una
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
o sol na depressão do terreno brilha mais rente a me contar
de lá
por mim basta que reine
nesta epiderme que por si se sonda em algo nada suspenso emitindo chocalhos
numa mesma cifra e na pele diga
permeio essa via e de
algum jeito estou nela onde ela passa
uma janela range atrás de mim e raspo os pés no mato
uma janela range atrás de mim e raspo os pés no mato
um buraco se abre nas
sobrepeles calcificando minhas digitais em linhas extra terrestres para honrar esta conta
de cumprimento e desterritorização
todos os dias alguma primavera te prende pela manga da
camisa
isso é ser olhado
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