domingo, 26 de dezembro de 2010

A meia luz entrou na matriz deste homem
uma responsabilidade intemporal como o eixo do mundo
me toma nesta manhã unívoca
como homens dançando as oportunidades de deus
sou um lobo a procura do mar
trocar caderno de poesias por diário de bordo


vivência e desígnio

sábado, 25 de dezembro de 2010

esquecer o poema e escrever a vida
a vivência faz enxergar no fundo
o peso faz tirar a pessoa sentada no peito
fiz o sol brilhar no chão da janela
num folego de pai do mundo
e o dia seguir esse ritmo
Me peguei frente a minha roupa de trabalho
sou o caminho e ele me tem como meio
uma porta de saída que retira a água da terra
uma luz solar manifesta
Uma paciência
busco como venci um século
e elegi uma família e um corpo
num passo a mais
numa conquista inevitável

Sem pedir dez minutos a mais
enquanto tudo está pelo chão
numa capacidade divina
quando tudo parece perdido
sou um segundo sopro

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

ARQUEIRAS ODES

não é possível que assim se vai

estou singrando a madrugada
preso à sua matéria
mas continuo no que hospeda a terra
abrindo nela um mundo cheio de perguntas
que o calar não pertenceu somente a mim

diria que olhei e vi o céu no meu coração
um tempo curto e livre abrindo meus planos
meu destino dizendo sou seu

...



Posso voar, rodopiar
de nada depende de mim
asfixiei a luxuria a ferro e luz
isso basta neste caminho
Basta crer e ver
Acredito em mim e desconfio da fuga
Ainda vejo as promessas entre a sua asa
Aquilo que você mesmo construiu

minha palavra esta machucada
Só faz jus aliada ao silêncio
mãos lavadas como na partida
espero o que já é certo



...


meus pés beiram este apelo
como meu corpo necessita ser anulado
olho aberto é impossível não escrever
vejo a água deste núcleo e esta trança interpelando-a
nós adversos
mas firmes como deve se manter neste tempo
em busca de algo que veio antes e que neste nada sim
podemos construir e manifestar o que somos
uma vontade inabalável


...


Meus dedos continuam apontando sua lente
não quero dar corda no relógio do mundo
sem ser a terra e seu combate
quero ser pisado e sentir um deus, agradecer sua delicadeza
como se abrigasse a gravidade e sustentasse tudo
esta missão é feita e me cabe antes de mim
repleta de tropeços e desconfianças
esfumaçada mas clara pra quem quer ver
é minha e jorra como nunca


...


apaga-se tudo num querer
precisei ir para lá e sentir toda esta dor que hoje
me faz odear , grato por tudo mas consumindo-me
por que quero ver brotar as estrelas da chaminé da minha casa
uma por uma, verdadeiramente sem um devaneio
se digo isso é a favor do principio

pois os desenhos deixam marcas
linhas que vão habitando os cantos
algo quente anterior à nossos corpos
caminhos escolhidos que se mostram
num apelo cheio de silêncio
e dedos fincados nos olhos cheios de lembranças


...

Entregarse - ei
Vim para te despertar
fazer quebrar as regras e correr o risco
não pode deixar isso de lado
pois estou em todo lugar que olhas agora
sem carregar nenhum tormento


...


a chama mandou me chamar
para o começo que antes já estava por vir
quem foi que disse que era fácil conquistar as estrelas
permanecer é o mais difícil em tempos de cegueira
que não se sente o calor das pessoas e o som ao redor
nesta vertigem imposta
sei que esta se escutando
eu vim de dentro

...


quero ir onde começamos
apossar esse é
esta coisa que somos
é de dentro
poderia ser só coração
mas é algo antes disso ainda


...


Não rolam
por isso que escrevo poemas
é que tudo fica dentro ali parado até sair desta forma
seus pulos e seus saltos me trouxeram aqui
nestas imagens que me são apresentadas e desloca meu ar
para esse orgulho de não ter colocado esta faca entre os sonhos
que se conhecem a tantos anos, anos a fio
fazendo esta corda visível
sei que palavras muitas vezes não comportam
assim como o pé de abacate demora 25 anos para gerar frutos

só quero meu presente escondido
meu filho merece desfrutar disso


agente se expande

...

Uma historia em curso
em páginas coloridas
o sol nos brindará com domingos
quero ganhar mais estrelas
mesmo que tenha apagado o dia inicial

fui buscar e vi coisas de me assustar
mas nada me tira deste lugar

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

odes do erro

lá fora nasceu uma muda e uma faca
da janela, esta encruzilhada
aqui me detenho sem intenção nenhuma
só quero o tempo que passa no eixo
e ser inexistente até para ele, isento
sem pretensão nenhuma


...

essa forja me preserva da razão
é me manter parado e acontecer é uma regra do mundo
diz mais de suas fibras do que qualquer pretensão sem silêncio

...

O cesto tombado
a colheita toda no chão
o azedume em flor
essas laranjas de quebra custaram minha cara
um tacho frente a mim
e uma dúvida de tirar o manto

Me resta ver o brilho
juntar tudo e ir o tombo inteiro
o dia de amanhã
aniquilar os carmas
e ir uma estrada
uma casa quieta
uma chama de aquecer almas

...

um novo dia
em mim nasceu uma agulha na transversal
embrulhado
que esta falta nunca se cale
e componha mesmo que eu não cante
se eu não disser quem vai dizer
mesmo duvidando sou antena da raça
esta dúvida faz essa pretensão ser inteira

se eu não olhar quem olhará
este mistério coagulado
anterior ao corpo
continuo fazendo olho
abrindo buracos e duvidando desta condição
Na dor
permaneço a intriga das paredes
de como ela se firma
abafando os gritos do outro lado
dura e feita por alguém
prendendo em si humidade e a marca dos dias
do tempo cravado

ela vai além desta intriga
além de um deserto
de uma rua no ponto extremo de Guarulhos
de uma literatura possível

tive um golpe certeiro
exposto a luz
hoje tenho tudo em minhas mãos azuis
nas coisas que vou fazer
neste poema que ainda cheira camélia
e não espera nada
nenhuma sentença

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Um opaco coadjuvante
digo-lhe que contenha todas as cores
e ele obtém
é ver o horizonte refletido no olho
ser portador de uma certeza
mesmo não tendo nada além das mãos quentes
algo duro e leve
como a pedra é para o salto
Olho aberto, meditando
senti o calcário que me sustenta
nesta gravidade nada transitória
boca interior e anterior
terminal ventral
aberta para este pendulo
de geometria angular
flutuando pontes
e arcos associados á resistência do ar
vou falar para noite ir embora logo
a manhã seguir ela e vir a tarde árida
cravar no encalço de seu dorso nosso encontro lânguido
aumentando o horizonte para dentro de um oco e deixar
percorrido de existência
meu desenho mudando
a noite caindo e navegando este copo de mar
até ver de dentro o sal da minha estrutura
se estilhaçar num filamento de asas que não podem descansar
ásperas e rudes não podem descansar
desenhar aos poucos me distinguir e assim posso me ver agora
tenho este vento cortado
um espaço convalescente nesse aroma
tênue e vórtice
uma linha que para um tempo e um eco
uma mátria olhada da polpa traseira
um riso para dentro e o chão longe
como se já tivesse vivido por isso

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Desígnios


Querer morar na pedra é habitar uma questão
Vila Mariana

Desígnio forte



provisão da morada, atração




Radial Leste!

Itajubá





salve guerreiro Nast!
serra da mantiqueira.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Corte
foi preciso

óleo sobre tela






construção do olhar




oleo e tinta esmalte sobre madeira

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esta viagem não pede expiações
as cores das coisas dançando na minha frente
foi preciso permanecer e singrar águas calmas
uma partida constante
uma vida a mais
nesta experiência efêmera pela qual vivo

óleo s/ tela

estudo sobre retratos e paisagens
poesia cotidiana/ oficio


Trabalho sobre foto de Camila Peixoto
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A vida ideal é voçê quem faz







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As vezes criamos teoremas,problemas que nem mesmo nós podemos resolver.
Assumir o erro e anulá-lo é a melhor escolha, como corte.



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Explorando Guarulhos e uma decisão.







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Expo manos do vale



Exposição, resultado das oficinas de graffiti e iniciação às artes no Vale da Benção.
ótimos resultados.
todo mundo feliz.

isso é o que interessa.







Oficina de Graffiti e iniciçãoas artes

utilizamos o espaço do Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso para finalizar o trabalho
Muito obrigado a todos os colaboradores.

out/2010





Preparação para a expo de finalização da oficina no Vale da Benção