Série de colagens para o novo álbum "Reinvenção" do Mc e poeta Mano Réu que em breve será lançado.
2012
domingo, 19 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
E segue
Ai está um texto que escrevi partindo das minhas leituras de Manoel de Barros, Nietzsche, Di Loreto, Juliano Garcia Pessanha e Gaston Bachelard, que se inscreveram em mim na tentativa de conseguir dizer sobre um lugar tão especial em meu caminho - O Projeto Quixote:
http://projetoquixote.org.br/quixotices/seu-franca-nao-presta-pra-nada/
http://projetoquixote.org.br/quixotices/seu-franca-nao-presta-pra-nada/
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
“Em casa de menino de rua, o último a dormir apaga a lua.” - Giovani Baffô
Pintei a casa de vermelho, e quando entro nela parece que estou dentro de um organismo vivo. Definitivamente, foi isso que eu quis sempre: estar dentro de um organismo sempre vivo.
Ela me fez reconhecer ausente e me trouxe para a presença(se a matéria não for um instrumento de atenção ela realmente não nos serve devidamente, a casa, assim como todas as obras, é obra para lembrar - nos). Ela me fez reconhecer que, VENDO BEM,sempre estive neste lugar - o corpo("casa do espírito") é um raro e indecifrável exemplo de organismo vivo e o planeta(primeira "casa do corpo"), assim como o corpo, também é um organismo vivo.
Agradeço por este instrumento de uso difícil e essencial, estar realizando bem o seu trabalho e nesse papel me lembrar sobre organismos vivos, me lembrar que mesmo na ausência de um olhar perante eles, eles sempre existiram. A casa me lembrou da Vida. A casa, se é um instrumento de lembrar da Vida, é um instrumento de Vida, pois assim como falar da Vida aumenta a vida, lembrar da vida deve ter o mesmo efeito.
Daqui, neste lugar vermelho, na minha terra natal, a vontade não passa de uma luz tísica que reflete uma sombra morna à quem chamo de escolha - aquilo que achamos que fazemos, e que damos a maior importância, depositando com toda potência a nossa atenção, em busca da tal "liberdade" de conseguir fazer tudo que queremos.
Percebi essa balela mirrada que nos impossibilita de ver que as escolhas que realmente contam e fizeram a diferença, não foram feitas por nós. Como nascer, eu não escolhi nascer, mas ter nascido fez toda a diferença.
Vivo naquilo que conta, nas escolhas que foram feitas quando eu ainda não tinha palavra e nem sabia o que era escolher.
Percebo que a vida é imantada e se somos, somos da mesma forma daquilo que nos prende a terra e nos livra de ir de encontro à cratera.
Agora percebo onde estou, de fora já da para ver, a casa vibra.
o que digo
estou alojado por toda parte
mas sem estar preso a lugar algum
tal é minha divisa
...
como a comida do século
uma profecia de água nos olhos
e sangue no corpo
isso é de se honrar
...
quero o silêncio de uma casa
uma roupa do meu tamanho
onde eu possa respirar somente o ar que me é necessário
longe da minha mente
naquilo que é movente
mas sem estar preso a lugar algum
tal é minha divisa
...
como a comida do século
uma profecia de água nos olhos
e sangue no corpo
isso é de se honrar
...
quero o silêncio de uma casa
uma roupa do meu tamanho
onde eu possa respirar somente o ar que me é necessário
longe da minha mente
naquilo que é movente
o que me diz
preste atenção no seu contato com o fogo
andando entre seres que só conhecem a morte
a fala só se dá verdadeiramente quando é necessária
essa é uma noção de pai
andando entre seres que só conhecem a morte
a fala só se dá verdadeiramente quando é necessária
essa é uma noção de pai
Tem um rio que passa atrás da sua casa, devolvendo a palavra córrego ao que é verdadeiramente córrego. Se prestar atenção, vindo dele ouvira as crianças, famílias inteiras e o som forte do atabaque.
Lá naquele lugar onde um dia sentamos.
Percebe que ainda existe o rito, o culto e a suspeita de que tudo que vivemos hoje, foi um dia por nós imaginado, quando nem sabíamos o que era a palavra imaginar e o que imaginar significava.
Você mora na casa de seus devaneios, mas para ver exige-se uma fundoscopia:
.Respiração grande, ar em busca do cimo - tudo é atmosférico
.Ervas
.Leitura diária de poemas - ler como se lê sutras, escrever e ler na incorporação da leitura (sexo de ler)
.Se expor ao máximo ao mistério e em seguida se expor na mesma proporção a si mesmo
.Agradecer verbalmente seus ancestrais( antepassados, sua essência, quem veio antes) em voz baixa para que a vibração não se dissipe - manter essa vibração perto de ti, no entorno, como uma couraça
.Estar em harmonia com todas as coisas do céu e da terra - não propor confrontos, não ser redundante, cuidado com o quando e como propor algo que é natural da Vida, cuidado ao lidar com o inevitável(será que precisamos e conseguimos realmente interfirir no que é inevitável) - evitar utilizar o esforço próprio, não atrapalhar o Trabalho
.Agradecer no intimo todas as pessoas, coisas e fatos, depois expressar verbalmente e diariamente esta gratidão - lembre-se de que tudo que vivemos um dia foi imaginado por Nós(o "nós" com letra maiúscula não aceita isenção) e que tudo é reflexo(sombra) da nossa mente, sendo assim, o nosso entorno é de nossa responsabilidade. Re-conhecer é um ato de amor e, re-conhecendo, se torna fácil ver(reconhecer) o quanto de corrupção em Brasília(FORA) existe em nós(DENTRO), o quanto de crack na crackolândia(FORA) existe em nós(DENTRO) e lembraremos de ver quanto "o pouco de fora pode curar o muito de dentro" (trabalho esta e nesta instância).
.Dizer SIM incondicionalmente
.Sorrir incondicionalmente
.Exercitar músculos (Luis Felipe Racho: A felicidade é um músculo) até ser puro de espírito e dominar a carne com a alma.
.Estar sob o poder de uma trama inconsciente que vasa leal e forte - estar nela numa fé resistente
.Sublinhar palavras que aumentam a poesia da habitação (lembrar que o céu é o teto) e pertencem a imaginação do repouso, até conseguir ler e estar no que vasa:
Assentado. Pequeno. Formado. Bastante. Alto. Vestido (tirar pontos e trabalhar nestas palavras)
Ps: Colocar todas as frases no afirmativo facilitando a incorporação.
Tal fundoscopia serve o exercício "para se habitar", talvez o exrcício "habitar" não exija tais ferramentas como ervas, leituras diárias de poemas e se expor ao mistério, talvez nem a palavra falada sirva e só a primeira ferramenta(respirar grande) já de conta, demitindo todas as outras.
Lá naquele lugar onde um dia sentamos.
Percebe que ainda existe o rito, o culto e a suspeita de que tudo que vivemos hoje, foi um dia por nós imaginado, quando nem sabíamos o que era a palavra imaginar e o que imaginar significava.
Você mora na casa de seus devaneios, mas para ver exige-se uma fundoscopia:
.Respiração grande, ar em busca do cimo - tudo é atmosférico
.Ervas
.Leitura diária de poemas - ler como se lê sutras, escrever e ler na incorporação da leitura (sexo de ler)
.Se expor ao máximo ao mistério e em seguida se expor na mesma proporção a si mesmo
.Agradecer verbalmente seus ancestrais( antepassados, sua essência, quem veio antes) em voz baixa para que a vibração não se dissipe - manter essa vibração perto de ti, no entorno, como uma couraça
.Estar em harmonia com todas as coisas do céu e da terra - não propor confrontos, não ser redundante, cuidado com o quando e como propor algo que é natural da Vida, cuidado ao lidar com o inevitável(será que precisamos e conseguimos realmente interfirir no que é inevitável) - evitar utilizar o esforço próprio, não atrapalhar o Trabalho
.Agradecer no intimo todas as pessoas, coisas e fatos, depois expressar verbalmente e diariamente esta gratidão - lembre-se de que tudo que vivemos um dia foi imaginado por Nós(o "nós" com letra maiúscula não aceita isenção) e que tudo é reflexo(sombra) da nossa mente, sendo assim, o nosso entorno é de nossa responsabilidade. Re-conhecer é um ato de amor e, re-conhecendo, se torna fácil ver(reconhecer) o quanto de corrupção em Brasília(FORA) existe em nós(DENTRO), o quanto de crack na crackolândia(FORA) existe em nós(DENTRO) e lembraremos de ver quanto "o pouco de fora pode curar o muito de dentro" (trabalho esta e nesta instância).
.Dizer SIM incondicionalmente
.Sorrir incondicionalmente
.Exercitar músculos (Luis Felipe Racho: A felicidade é um músculo) até ser puro de espírito e dominar a carne com a alma.
.Estar sob o poder de uma trama inconsciente que vasa leal e forte - estar nela numa fé resistente
.Sublinhar palavras que aumentam a poesia da habitação (lembrar que o céu é o teto) e pertencem a imaginação do repouso, até conseguir ler e estar no que vasa:
Assentado. Pequeno. Formado. Bastante. Alto. Vestido (tirar pontos e trabalhar nestas palavras)
Ps: Colocar todas as frases no afirmativo facilitando a incorporação.
Tal fundoscopia serve o exercício "para se habitar", talvez o exrcício "habitar" não exija tais ferramentas como ervas, leituras diárias de poemas e se expor ao mistério, talvez nem a palavra falada sirva e só a primeira ferramenta(respirar grande) já de conta, demitindo todas as outras.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
>Aperte o Play na Poesia
“Aperte o play na Poesia” é uma iniciativa do coletivo “Literatura Suburbana” que irá mapear escritores periféricos através do site http://playnapoesia.com.br/, registrando e divulgando seus escritos. Contemplado pelo programa “Ocupação” do Centro Cultural da Juventude, ao fim do projeto, serão selecionados alguns registros de áudio e será criada uma estação de escuta no espaço do CCJ que ficará disponível para visitação durante o mês de junho e julho. O projeto também pretende lançar produtos, atendendo a escassa demanda de áudio-books referente à literatura periférica, ampliando assim a possibilidade de acesso e conhecimento sobre o assunto.
Durante o primeiro trimestre de 2012 estarei trabalhando neste projeto, percorrendo os saraus de toda cidade para disseminar esta iniciativa.
Quem estiver interessado já pode acessar o site:
http://playnapoesia.com.br/
Assinar:
Postagens (Atom)