todas as plantas,
todas as nuvens e todas as palavras
se reuniram de membros em membros e falaram.
Não expressaram sentido,
trouxeram um casaco
e no que faltou me fiz cabide, cabaço
quis ouvir o que trazia,
observei a interrogação e parei nessa fresta.
O trinco quebrou na minha mão,
nem um silêncio unia,
nem uma palavra, mais nada
quinta-feira, 27 de maio de 2010
1
Cada dia refaz um jogo mallarmaico
- um copo de dez contornos-
beiradas onde falta ponte, surge pinguelas,
poemas de sumir nos outros,
de encontrar o pai,
como um inventor tudo me pertence:
peripécias de minha oftalmia,
esquinas quintanas,
minha crença, suas quimeras.
Neto de Dionísyo, de Baudelaire
da rua herdei escrever seus paços.
2
A hora deu foco,
passado, continuação na linha que me desenha nesse espaço no tempo,
lupa que concentra a luz solar e queima este papel,
acolho o grau desta intensidade.
Debruço a janela externa que dorme congraçada à espera e verdade,
não defino, sei de erro, rompimento e solidão.
Linguagem não me reúne, me forço a traduzir,
uno por não cometer o pecado original do espírito,
me precipito, beiro por isso posso.
Religuei-me ao núcleo ausente, voltas em torno de seu centro,
posso falar o que ignoro, ser um fato que se reproduziu.
Homem é ser, e sabe se aquele que fala não sabe o que diz.
Cada dia refaz um jogo mallarmaico
- um copo de dez contornos-
beiradas onde falta ponte, surge pinguelas,
poemas de sumir nos outros,
de encontrar o pai,
como um inventor tudo me pertence:
peripécias de minha oftalmia,
esquinas quintanas,
minha crença, suas quimeras.
Neto de Dionísyo, de Baudelaire
da rua herdei escrever seus paços.
2
A hora deu foco,
passado, continuação na linha que me desenha nesse espaço no tempo,
lupa que concentra a luz solar e queima este papel,
acolho o grau desta intensidade.
Debruço a janela externa que dorme congraçada à espera e verdade,
não defino, sei de erro, rompimento e solidão.
Linguagem não me reúne, me forço a traduzir,
uno por não cometer o pecado original do espírito,
me precipito, beiro por isso posso.
Religuei-me ao núcleo ausente, voltas em torno de seu centro,
posso falar o que ignoro, ser um fato que se reproduziu.
Homem é ser, e sabe se aquele que fala não sabe o que diz.
PIMENTAS
Intervenção no bairro dos pimentas - Guarulhos -sp
arredores da unifesp
Poder da expressão verbal, escrita promissora e concretizadora
fotos:
Camila Peixoto http://www.flickr.com/photos/milamilliondreams/
Mais:
http://www.flickr.com/photos/pastore4life/
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Oficina de empreendedorismo social - Projeto Quixote - GMM/Ashoka
Geração muda mundo em atividade! - em busca de imagens poéticas fomos conhecer a Loja Social na Rua Líbero Badaró, 561 - Centro http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/assistencia_social/noticias/index.php?p=14864 ver um pouco sobre empreendedorismo social.
As janelas pensantes,
fizemos e discutimos algumas imagens
As janelas pensantes,
fizemos e discutimos algumas imagens
terça-feira, 25 de maio de 2010
ARTE EDUCAÇÂO - formação
Painel da dinâmica de formação em Educação e Arte Contemporânea para
Palestra 29º BIENAL HÁ SEMPRE UM COPO DE MAR PARA UM
HOMEM NAVEGAR – maio/2010 – 3hs
ótimo material, ótima palestra, podemos dizer que esta é a bienal para o povo?
Jorge de Lima - Invenção de Orfeu, canto II
II
A ilha ninguém achou
porque todos a sabíamos.
Mesmo nos olhos havia
uma clara geografia.
Mesmo nesse fim de mar
qualquer ilha se encontrava,
mesmo sem mar e sem fim,
mesmo sem terra e sem mim.
Mesmo sem naus e sem rumos,
mesmo sem vagas e areias,
há sempre um copo de mar
para um homem navegar.
Nem achada e nem não vista
nem descrita nem viagem,
há aventuras de partidas
porém nunca acontecidas.
Chegados nunca chegamos
eu e a ilha movediça.
Móvel terra, céu incerto,
mundo jamais descoberto.
Indícios de canibais,
sinais de céus e sargaços,
aqui um mundo escondido
geme num búzio perdido.
Rosa-de-ventos na testa,
maré rasa, aljofre, pérolas,
domingos de pascoelas.
E esse veleiros sem velas!
Afinal:ilha de praias.
quereis outros achamentos
além dessas ventanias
tão tristes, tão alegrias?
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