segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Pai #

 #uns grilhões  me apertavam o coração inaudito e sem bussola contei as linha que separam os pisos como sempre fiz e me lembrei de uma mulher antiga e atarraxada com ares perversos que condenava esse meu paraíso -  hoje aceito minha diferença.
 Passarei esse núcleo à frente – todos filhos da palavra – sem medo de ter sido escravo:

“ direto as frutas, ao seu lugar de nascimento”.

Frente ao sacrifício:

Pai, corta minha perna para eu ser Saci?

 Daquele velho comedor de nuvens até o tapa nas costas.

Librinar: foi dada uma missão que somente eu poderei realizar. Até mesmo uma linha ou uma letra tem uma impressão e uma nota característica e somente por esse motivo se depreende uma missão especial, portanto não posso ser uma existência vulgar - provo do meu valor.

Quando quero o que dizer da vida aquieto à um vizinho e esquento o peito tal como cigarro de palha e me fecho tanto que quando saio poucos conseguem me escutar.

Luzes piscam num corredor que no fim tem uma escada com todos os valores de minha pátria.

Aderência e negação: ressonâncias não se apegam a novidades e fatalidades e se diz antepassada, veste camisa e me espera na porta – essas são as bússolas e se acordam fora de hora - isso antes não teme e flutua sem querências, embarco cumprido.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

#Voz Oracular:



um amigo disse que escreve para passar por uma situação,
só escreve para passar dela

Escrita é uma passadela: é dizer demais que o cachorro não lê a casa – todos legentes do tempo

Para uma passadela tive que oracularizar Maria Gabriela Llansol, numa pergunta tão minha - lamela  onde a jaca teme mostrar o visgo organizando uma casca para si, a resposta é corte e serve mais para não degustar a fruta trazida e sim para levar onde tem a fruta, aberta a qualquer pergunta de quando se sente escravo do tempo:

“ em primeiro lugar, não é um deus, mas uma deusa. A justiça. Em segundo lugar, não sei se sou eu. Mas se for?

- Se for chama-se Barbara, Mônica, Sandra...
- Adiante!

E a deusa acolheu-me com benevolência, pegou na sua a minha mão direita, e falou nos seguintes termos:
 Ó jovem
não foi de certeza uma sorte funesta que te arrastou para este caminho, tanto mais que é um caminho desviado do comum dos homens
importa que sejas ensinado
que aprendas a ter um coração que não treme diante da verdade
nada tem de verdadeiro em que se possa confiar”

no primeiro livro que vi dicionarizei a palavra funesta e o sentido daquilo que estava empunhado na frase  para o legente insaciável(descrição-tradução da palavra escravo = chacra básico), num convite à prosperidade:

“fecha os olhos para o negro mundo fenomênico repleto de tragédias, dramas e melancolias onde reinam as mais diversas tramas ardis, dirige os olhos para o resplandecente mundo interno (antes, imagem antes das imagens, imagem Verdadeira) repleto de honestidade, sinceridade, alegria e êxtase. Aí não tem nada que possa ferir você. Aí já estão prontas todas as coisas necessárias a você”

Para que o paraíso se faça ao redor


Apreendi ignorando o resultado, incorporando o caminho na virtude do inacabado.
Esperança: inventor de ratoeiras


Benevolência: aqui é ser inquilino do Universo incorporado no cristal e na pele a roupa herdeira de todas as coisas que esse Universo possui. Foi dado esse direito num dever e numa capacidade de herdar e utilizar todas as coisas boas. Devemos cumprir e usufruir este dever.
Herdamos verdadeiramente todas as qualidades e virtudes de deus.

Terei que trabalhar meu caro bosque de inverno, pois foi escolhido o caminho que fará a diferença.
Deus para mim não poderá ser um impasse linguístico. Tenho intimidade arraigado como escrevente.

Conversarei com o corpo quando ele queimar dizendo que aguentará os mandamentos daquilo que lhe move profundamente: estamos juntos – tu é moldável, ferramenta especial, te exercito.
A cada dia que essa deusa me fita me lê mais homem
cada dia que passa pareço comigo
controlo a criança em prol

Gozar é um bom sinal: ouvidos são dados para ver além da casca
Terrível: cânfora, pimenta e arruda tapam o umbigo contra a fala colonizadora, feito escama Couraça: o voador tem seu pouso num inverno esticado
Contatos Reais: Astecas, Maias e Incas num intercâmbio com os egípcios
Para grandes construções: ativo o que vasa
Ervas: nada profana meu templo, posso transitar de camisa aberta
Tranqüilo: quem perambula sabe ver no Real
 Permaneço: os animais urram lá fora, agora percebo, grato, sem mais perguntas de escravo

Acesso a via da vida – onde ela passa.






  

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

#Na corda bamba: a vida é testada: T A T O


( não da pra saber dos outros e das coisas se não as sendo)
fervilho no estomago: estremeci frente ao Ego e diante de um deus que diz e se desdiz todos os caminho servem e o corpo estremece sem saber onde ir e aquela vontade de ruir tudo que é duro e me prende aqui: a terra, a casa. O que é sólido se desfaz. Tem um pouco de tudo.
Nesse desejo de ser a substância animal fiz uma pergunta de escravo:
o que devo fazer?
Em Repouso
Quem me acompanhará pelos campos
O sol semeia-se em diamantes de gotículas de água sobre a relva flexível
Dócil estou à inclinação do universo sereno
Dilatam-se as montanhas em tragos de sombras lilases e vagueiam com o céu
Lá em cima leve quebrou-se o encanto
E caio em mim
E enturvo-me no meu ninho
Aqui se deram algumas Presenças maiores na voz oracular de um homem que escreveu “A alegria” num fronte de batalha, vendo seus companheiros caírem mortos ao seu lado e o sangue jorrar em sua cara:
a importância de respirar grande e fundo e permanecer firme até que o chão se faça bom.
Arseni: a palavra não pode mitigar nem o lenço devolver pureza.
Quando o umbigo é maior que o outro as palavras são a realidade que te põe de volta em seu lugar: empatia e intersubjetividade aqui é pouco tomado de um senso para semelhanças> (emboried)
Um vizinho havia dito que isso ia chegar, como era na infância, mas agora sem remédio e sopros no joelho. Pesado tal como um pai dizendo para o filho copiar o “s” minúsculo igual ao da professora só para evitar problemas.
Siga, terão outros s´s pelo caminho.
A felicidade é um músculo disse o mesmo.
Para um outro ela esta numa bolha de cerveja. O baiano no conga com o charuto na boca disse que terei as cachaça e as menina pra me livrar dos sofrimentos. Mas que tenho que honrar minha demanda que é espiritual na terra e colocar o altar na altura do peito e todo dia regar o galho ceco até que ele renasça. Como na primeira cena do sacrifício.
Vinho, Poesia ou Virtude: a escolha é minha.



Mas pendi para um lado da corda como um animal que volta para restituir o seu ninho, sua fêmea e seus filhotes contra a ameaça de um predador. Nisso fui iluminado. Alto, baixo o sagrado encontra-se em vários níveis, a matéria tem espírito, tudo grudado.
Agora meu urgido soa nos arredores, estou feliz e leve sabendo que o sagrado se retoma no ato animal > sinto o ardor e o prazer de ter sido tomado.
E o espírito rasteja de volta a morada
De trás pra frente minha casa é o corpo: por essas e por outras esquilo.



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