segunda-feira, 26 de outubro de 2015

domingo, 18 de outubro de 2015

bons devaneios e saúde cósmica





Percebi mãos de cura
um livro marrom é um bom companheiro

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de madrugada, na casa, ouve-se um ruído intenso e constante: é um motor interminável que perpassa os cômodos e o tempo em sua constância grave. seu lastro aterra a presença de algo, instalando no corpo uma vibração. mas mesmo assim nada impede  de relaxar, está bem. porém, esta gravitação-corpo, os sonhos constantes e todas as reflexões que a circunscrevem como percepções, anunciam que a dispersão material é urgente e será inevitável para seguir  em paz, em frente. a carroceria solta a caçamba, nenhum vagão descarrila o trem, as cortinas tem trilhos fortes, e é sabida a importância de seus rodízios. incensos queimados  à gratidão de todas as passagens, e o giro da gancheta se cumpre.

Tecidos ancestrais:

Dourado: costurar os micro-objetos da lembrança se debruçando sobre a hierarquia dos objetos: abjetos, objetos – verificar o atrito dialético e a interseção-fissura nas coisas( de testa mesmo: testar coisas x objetos). Agradecimentos àquela que mostra o caminho(do hebraico Adail): pincel zero=pincel rezo = ancestralidade/raiz. Na arte: norte.

Usar galhos como suporte, evitando o quadrado fórmico e estéril da arte e suas medidas moribundas.

Deixar com que as coisas transmitam em si a dança silenciosa de uma música inaudita, porém 
existente, visível, diária e inexorável.

Fazer uma camisa com um deles, um colete com coisas penduradas

Véus: sobreposição velada de uma pintura-mapa de um corpo em carne viva – parece ser a única possibilidade de beleza em pintura.

Cinza claro: uma santa diagramada no centro sendo sondada. Aura e uma costura vermelha no centro. Uma beleza que destrói a morbidade já costumeiramente cultivada em arte.


Em qualquer um dos panos: mapa cartográfico com um ponto de situação escrito: estamos situados no ponto de avivamento.

Oracularização-acaso: como foi possível construir um livro chamado A Alegria no fronte de uma guerra?

Universo

Com o mar moldei-me
um ataúde de frescor

G.U.