quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

a noite adentro meu canto
um amigo que me conhece de sobrenome

e que diz que sou uma eterna criança
um deus que faltava
e o humano que é natural por ser divino
sorrir e brincar
e é por isso que tive esta família rasurada
advindo de uma invasão
aceito
e que só duma profanação eu poderia ter vindo

os cupins estão a comer
e apesar dê

vejo as plantas da casa natal
pincel cravado na terra
as pontas dos meus dedos agarram o cimo
 onde o sol mostra a cabeça

trago ao universo ele próprio





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