domingo, 12 de julho de 2015

Para quando a paz faltava,


com raiva após ser agredido, promessas foram feitas. Se deve honrar essas lembranças – em algum lugar ela habita no in da intimidade, feita a sós, pronunciada pela boca de sempre. Para o menino que gaguejava, para o menino emburrado depois de uns tapas, ela é um signo que, enquanto é inscrito – doce asfalto sob um vento seco e pardo – se torna um amuleto-insígnia que irá pairar como um selo na fronte de toda lembrança. De chofre, o juramento que o menino fez para si e que o adulto esquecido negou, tem de ser interiorizado e remontado afim de um cumprimento: salto do corpo-engrenagem para as ondulações plenas de vida e poética, reza-mantra no antes que devaneia. O menino-monstro é em si a possibilidade de paralisar este martelo, colando etiquetas nas portas de aço com as palavras manutenção e reparo – lê-se advento. Se a um resquício tetânico, não é só pelos atingidos, mas também pelo menino que se fez promessa e vem sendo desonrado. Caminhamos em paz nos devaneios libertos. Todas as promessas serão tocadas e todos os acordos de um núcleo permanente serão reavivados. 


Nisso sigo grato e me despeço. Até nunca mais, B. Pastore.


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