terça-feira, 30 de setembro de 2014

jabur: força de deus
Campos: dos campos
Pastore: de pastor mesmo
e a lacuna que visito através da água de meu corpo
agradecendo a família verdadeira de minha mãe

Honro as demandas do futuro sem abandonar as do passado
amor e carinho em todos os atos dessa presença

 visitei um vizinho que me deu pistas para acessar esse quadrilátero:

Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a Olhar.
Toda a paz da natureza sem gente
Vem sentar-se ao meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
como uma borboleta pela janela.

Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
e as mãos colhem flores sem ela dar por isso.

Como u ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.

Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
è a minha maneira de estar sozinho



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