domingo, 7 de junho de 2015

Devaneio


Estou no mato em Pernambuco, vou se tivesse uma câmera boa. Faço desenhos com terra, desenhos com a natureza – objetos naturais. Ouço dizer que minha arte é baseada no registro. Após mandar fotos para os outros, sou convidado a mostrar meus prazeres. Sabem do poeta. Sabem do poeta de acolhida que pensa a casa e a terra.
- fui lançado a isso vendo as crianças dançarem na poça de lama e o desenho de uma casa que desenhei com terra se esvair na água da chuva – fui raptado pelo devaneio por isso: devaneio trampolinado pela realidade.
- agora o devaneio é findo e nessa perdição penso nas inúmeras possibilidades da vida – visitei uma lacuna.

- nessa zona lacunar visitei vida, sinto que algo foi expandido e esticado, deixo esta substancia tomar meu corpo no sendo do Ser – descanso e acesso uma saúde cósmica; confiança e fruição me visitam. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário