terça-feira, 4 de outubro de 2011

Eu não consigo fugir do que de fato é minha missão, anulei meu ego chegando na beira do nirvana, num alto astral, numa saída para a realização, como no fim do poema amizade de Paz ‘’ a inominável presença rodeia-me’’.
Como não, ouço agora uma procissão de pedreiros que edificam, descendo no alicerce, entoando glossolalias que ecoam no quintal entre o muro que está se levantando e a janela. Eles estão descendo no gozo da folga, deleitando o < para si >.
Isso pinta o que está inscrito nas paredes deste lugar , sua única finalidade é o regresso e habitá-lo é ter tudo.

“tenho tudo” é frase de escrever , pichar com x, pela cidade

Frase de nascer não pela própria força, mas de nascer como biologicamente, frase de afirmar o lugar de noção de que a vida me pôs ao mundo, nada fiz e por isso, nada tenho a temer.

Consultei um oráculo

Resposta de Llansol

``Uns sentaram-se a mesa, outros levantaram-se da mesa
todos eles me atravessaram –
Espero que, algures, tenham um jardim a sua espera”

Interiorizei isso escrevendo ao lado de uns papéis colados na parede, juntando com o que já tinha, tentei uma cena fulgor, que diz do lugar que habito e como habitar este lugar – aqui moram vestígios de uma poção, uma conquista que é a mesma de chegar no estágio de ao invés de falarmos “ele morreu”, dizer “ele venceu” – e essa tentativa trago para o prazer, para o sexo de ler

Feito de vazio
a mente me desabita e apaga meu nome e o que sou
já sem mim numa existência pura
empreendo levar-me pela força de toda força viva
raspando a tinta
refletindo em tudo que aqui e agora existe
como um espelho vazio

Umas sentaram, outras se levantaram da mesa
todas me atravessaram
atrás do rio que já tem nome
oposto de mim
me vingo num jardim à minha espera






fico depois da precedência, no E símbolo de desdobramento , na cúpula, nos verbos de ligação, mirando atravessá-los.

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