quinta-feira, 19 de março de 2015

meu corpo é vertical e faz o horizonte segui-lo
assim como todos os poemas
porta de casa aberta
luz nos cantos

nisso me alimento e pago o aluguel
inquilino do universo
criança que frui tranquila pelas cidades
revezando o lugar das dores
escrevendo a terra de cada encontro
o osso de cada corpo
vendo na opacidade de cada rosto
as inexoráveis reservas da vida

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