sabe aquele rato lá, o corredor,
ele entrou na minha casa pelo jardim, amassou todas as flores,
chegou numa língua estranha, mascando chicletes,
com GTA´s, video games, artes, saraus, palavras de ordem e umas manias estranhas que cativaram as crianças
fez sofrer todo o bairro
a sorte é que eu não tenho casta, nem uma poltrona confortável para sentar aos domingos,
nem grandes pretensões (essa ignorância inerente me salvou outra vez da ratoeira)
somente um barco que sobe montanha acima
vasos que se comunicam, el topos
e uma camisa aberta, daquelas que transitam
desconfio da pátria, mas amo o interior
é que não se trata de liberdade, mas manter-se em seu âmbito,
não se trata de um gozo, mas um permanecer gozando o vivo no vivo
lá no bairro me chamam de mantenedor
mas eu só deixo a cachoeira desaguar suas águas
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