Não lutar contra os monstros, sim descobrir seus mecanismos
e desarmá-los pela atenção e presença, reduzindo-os à condição de conhecidos.
MONSTRO – MONSTRARE
O amor na real, é algo tão feio que nós nos extinguiríamos
se nele nos víssemos de frente.
Pra seguir:
- acusar esse desprezo e nele examiná-lo à vontade em
diversos esboços.
- desenhar, pois, a união anatômica dos corpos e dos objetos
em volta denunciam os cortes pavorosos do amor pleno. Só assim suportará e
trabalhará nesse peso.
- renomear e denominar seu meio e após esse feito, fazer o
que quiser passando à vontade do conhecimento à vida, fazendo tudo onde se sabe
o que faz.
(a elegância superior está em não querer : MAGNANIMO: ouvir
a voz de si tapando os ouvidos pra seguir: Tu és Ulisses) >>>ver
Cânticos de Cecília Meireles e agradecer a tudo.
- ultrapassar a arte até onde a vida aparece: encarará como
uma operação do ato de respirar e de viver.
construirá objetos carregados de resíduos e memórias.
construirá objetos carregados de resíduos e memórias.
- ignorar a autoridade: em matéria de conhecimento confiará
apenas na natureza e em seu juízo.
- a ação e a vida são tornadas exercícios no desinteresse de
entender – (Clarice: viver supera todo entendimento) – desenvolvendo não um
poder intelectual que é a relação entre coisas desligadas, mas sim o Homem de
Espírito: encontraras e permanecerás na atitude central onde será (por que É)
possível agir, criar e se emancipar. Lerás como se consultasse aos mortos e eles lhe ditassem numa necromancia.
-falará em línguas, glossolalias, flertará ETERnaMente com o feminino da divindade e conceberá sua língua própria, um meio de traduzi-la e comunicá-la quando necessário.
-falará em línguas, glossolalias, flertará ETERnaMente com o feminino da divindade e conceberá sua língua própria, um meio de traduzi-la e comunicá-la quando necessário.
- não há revelação nem abismo, sem dúvida, redesenhar os
abutres que lhe tocaram os lábios no berço da infância te levará ao rosto da
Criança: encontrará um símbolo de sua sorte: saberá dizê-la.
(Abutre: um símbolo de fertilidade – todos os abutres são fêmeas fecundadas pelo
vento)
- nunca irá amadurecer completamente como se todos os seus
lugares houvessem sido previamente ocupados. O espírito de investigação que lhe
toma incondicionalmente será um meio de escapar à vida. Irá ignorar a
existência romântica de seu coração usando ele somente como bússola, pois nada
suprirá esse vazio – ele é seu assim como é comum a todos, uns aceitam e
trabalham, outros não. Permanecerá até o fim fiel a sua infância.
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