quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


Palavra: a única curva que pode fazer é a de quando bate no côncavo e reverbera, lá no fundo e volta(suspeita-se de que isso seja uma curva). Seta reta de fogo, manifesta: falei do copo d’agua, ele vibra. Manifestação, faca da mente: se faz na boca. A boca é a casa da língua, por isso dois olhos e duas orelhas.

Borramento: palavra de pesquisa, encontro capilar, amalgama – quando a trama se faz visível – e a comunidade se faz aqui agora numa fagulha de paraíso terrestre. Postura, costura urbana; o aberto em sua forma.

Licença poética: licença normal para trabalhar, coisa de camelô, ladrão. Trabalho imprescindível na cidade. Liberdade de escambo, trabalhar livre, sem culpas morais. Aqui, a cada furto, golpe e lançamento, agradecer verbalmente as entidades envolvidas na manobra. PS: sem culpa, romper com a maré das citações.

Desenho: Mostrar o invisível, facilitação gráfica, expor uma alternativa até ser; incorporação, ascese; mostrar o que te afeta. Expressão do que fica entre a nostalgia e o pressentimento; traço, linha, registro, gratidão ao que se mostra; expressão do idioma íntimo do destino de quem desenha  - desígnio.

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