Palavra: a única
curva que pode fazer é a de quando bate no côncavo e reverbera, lá no fundo e
volta(suspeita-se de que isso seja uma curva). Seta reta de fogo, manifesta: falei
do copo d’agua, ele vibra. Manifestação, faca da mente: se faz na boca.
A boca é a casa da língua, por isso dois olhos e duas orelhas.
Borramento: palavra
de pesquisa, encontro capilar, amalgama – quando a trama se faz visível – e a
comunidade se faz aqui agora numa fagulha de paraíso terrestre. Postura,
costura urbana; o aberto em sua forma.
Licença poética:
licença normal para trabalhar, coisa de camelô, ladrão. Trabalho
imprescindível na cidade. Liberdade de escambo, trabalhar livre, sem culpas
morais. Aqui, a cada furto, golpe e lançamento, agradecer verbalmente as
entidades envolvidas na manobra. PS: sem culpa, romper com a maré das citações.
Desenho: Mostrar
o invisível, facilitação gráfica, expor uma alternativa até ser; incorporação, ascese;
mostrar o que te afeta. Expressão do que fica entre a nostalgia e o
pressentimento; traço, linha, registro, gratidão ao que se mostra; expressão do
idioma íntimo do destino de quem desenha - desígnio.
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