segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

odes do erro

lá fora nasceu uma muda e uma faca
da janela, esta encruzilhada
aqui me detenho sem intenção nenhuma
só quero o tempo que passa no eixo
e ser inexistente até para ele, isento
sem pretensão nenhuma


...

essa forja me preserva da razão
é me manter parado e acontecer é uma regra do mundo
diz mais de suas fibras do que qualquer pretensão sem silêncio

...

O cesto tombado
a colheita toda no chão
o azedume em flor
essas laranjas de quebra custaram minha cara
um tacho frente a mim
e uma dúvida de tirar o manto

Me resta ver o brilho
juntar tudo e ir o tombo inteiro
o dia de amanhã
aniquilar os carmas
e ir uma estrada
uma casa quieta
uma chama de aquecer almas

...

um novo dia
em mim nasceu uma agulha na transversal
embrulhado
que esta falta nunca se cale
e componha mesmo que eu não cante

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