domingo, 28 de agosto de 2016

pouquíssimas coisas são feitas sozinhas, os excrementos no canto da casa, resíduos onde não há consciência e só as pontas dos dedos  conseguem tocar. estas rugosidades às fazem voltar a entornar-se: trata-se de umidade, dez vales de uma alegria, trinta dúzias de ovos empilhadas umas sobre as outras. o tom de onde moramos passa a reviver a terra, orgônio, gatos cegos saltando a janela rodopiando como neurônios frente o imprevisto, onde a atenção só consegue ser uma entoada baixinha e para si.
se isso chama realidade - honrar esta dança - a isso chamamos fertilidade.

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